Muncab tem duas exposições em cartaz que celebram ancestralidade e memória das diásporas africanas em Salvador
Fachada do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab)
Cristian Carvalho
O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), localizado em Salvador, está com duas exposições em cartaz que apresentam perspectivas sobre a arte, a memória e as diásporas africanas.
As mostras “Ancestral: Afro-Américas” e “Memória: relatos de outra História” estão disponíveis para visitação até 2026.
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O museu tem entrada gratuita e funciona de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, tendo o acesso acesso até às 16h30. Confira abaixo detalhes das exposições:
“Ancestral: Afro-Américas” reúne 160 obras de artistas do Brasil e dos EUA
Em exibição até 1º de fevereiro de 2026, nos pavimentos térreo e primeiro andar, a exposição “Ancestral: Afro-Américas” apresenta cerca de 160 obras de artistas negros brasileiros e norte-americanos. A direção artística é de Marcello Dantas, com curadoria de Ana Beatriz Almeida.
A mostra celebra as heranças comuns entre povos afrodescendentes dos dois países, destacando diálogos históricos, culturais e estéticos.
Entre os artistas presentes estão nomes como Abdias Nascimento, Simone Leigh, Emanuel Araújo, Sonia Gomes, Leonardo Drew, Mestre Didi, Melvin Edwards, Lorna Simpson, Kara Walker, Arthur Bispo do Rosário, Carrie Mae Weems, Monica Venturi e Julie Mehretu.
Além das obras contemporâneas, a exposição inclui joias de crioula e peças de arte africana da Coleção Ivani e Jorge Yunes, com curadoria de Renato Araújo da Silva, ampliando o olhar sobre ancestralidade e conectando o público às origens da humanidade.
“Memória: relatos de outra História” revisita narrativas silenciadas
Instalada no segundo andar do museu e aberta até 3 de março de 2026, a exposição “Memória: relatos de outra História” tem curadoria de Nadine Hounkpatin e Jamile Coelho. A proposta é mergulhar nas camadas da memória como um território coletivo e em constante transformação.
A mostra parte da ideia de que a história oficial, frequentemente contada por perspectivas hegemônicas, precisa ser revisitada a partir de vozes silenciadas ou interrompidas ao longo dos séculos.
As obras expostas reativam lembranças, experiências e imaginários diversos, revelando múltiplas narrativas sobre o passado e o presente das diásporas africanas.
Mais do que recuperar memórias apagadas, a exposição busca criar novas leituras de tempo e mundo, reafirmando a arte como espaço de resistência, reexistência e construção de novos sentidos.
O público é convidado a uma experiência de escuta, partilha e reconstrução de futuros possíveis sustentados pela força das memórias coletivas.
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